sábado, 30 de outubro de 2010

01:28 am.

E são exatamente nessas horas que eu sinto mais.
Mas sabe que eu aprendi com o passar do tempo e com meu próprio amor que isso não é necessariamente uma coisa ruim?

:)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

There's No Modern Romance

" baby I'm afraid of a lot of things
but I aint scared of loving you
baby I know your afraid of a lot of things
but don't be scared of love
cause people will say all kinds of things
that don't mean a damn to me
cause all I see is what's in front of me
and thats you

well, I've been dragged all over the place
I've taken hits time just don't erase
and baby I can see you've been fucked with too
but that don't mean your loving days are through
cause people will say all kinds of things
that don't mean a damn to me
cause all I see is what's in front of me
and thats you

well I may be just a fool
but I know you´re just as cool
and cool kids they belong together "

(YYY's - Modern Romance)

Hoje resolvi deixar Yeah Yeah Yeah's falar por mim.
(...)


domingo, 10 de outubro de 2010

Diga, Diga, Diga...

Ainda tem uma coisa entre a gente. Esse silêncio. Nós ainda falamos e contamos coisas uma pra outra, mas ainda existe esse silêncio. O som vagando no vácuo, das coisas que você afasta de mim. Está tudo aqui, na minha cabeça. Todas as minhas suposições. Andando do meu lado e se perdendo em meio às músicas. Um silêncio barulhento, que não me deixa dormir. Todas as negações e sujeiras varridas pra baixo do tapete. Sabe que eu também escondo algumas coisas? Olho atravéz da janela do ônibus. Tem vazio na estrada. Cheia de nada. E escuridão. Mato. Estrelas já não vejo mais. Fecho a janela. Fecho a janela e os olhos, que é pra não ter essa lembrança desagradável do vazio, e do silêncio perturbando a minha mente. Descanço. Abro os olhos. Do outro lado tem um banco... (19:19hs). Coloquei minha mochila em cima, pra não dizer que estava vazio. Mas está. Coloco a mão no meu peito, pra ver se ainda tem um coração aqui dentro. E tem. Cheio. Bate até sufocar. Quem pode fazer parar? De repente até essa batida me incomoda. Aumento o volume da música. Todos esses dias sem te ver, cheios de nada. E de músicas que trazem você. Porque ainda tem coisas que nós não conseguimos dizer. Sabe, às vezes, eu bem entendo a linguagem dos surdos. Eu te leio. Eu te sinto. Mas aprecio o som. O silêncio me assusta...

(Rio Grande/Porto Alegre – 08 de Outubro de 2010)

(Trilha: Uh Huh Her – Say So>Explode>Run>I See Red)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Outra

Mesmo querendo com todas as forças me desprender, eu ainda penso. Silenciosa e desesperadamente eu penso todos os dias em todos os momentos em que estivemos juntas. E vejo... Não é o passado que me prende. Não é nele em que me apego. É em ti e em tudo o que ainda vive. Em mim e no que sinto. Ainda respiro amor. Por mais que eu sinta uma imensa vontade de sair correndo por ai quebrando tantos corações quanto eu puder. Só pra me vingar quem sabe, ou fingir. Eu sei que é idiota. Sei que isso não faz passar. Mas é assim que eu me curo. É me enganando com outras bocas e outros corpos. Sem nome, porque o nome não me importa. Não quero mais do que uma vez. Quero desejar. Eu quero tanto que pode ser que um dia eu os deseje. Porque todo esse romantismo agora me irrita. Essas lágrimas me pedindo permissão pra ir até o lado de fora e encontrar algum abrigo. Não tem. Não tem abrigo. Não tem lugar, é inútil. Nesse mundinho fútil só há lugar pros corpos e pras mentiras. E as farsas. E as máscaras. Eu to aqui, esperando a minha vez de colocá-la. A mudança começa por fora. E é válida. Mas o amor não morre, dorme.

- Rio Grande, 07 de Outubro de 2010
(Trilha: Tegan & Sara – Heavy>Clever Meals>Welcome Home>Superstar)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Volta

Não quero ouvir o som do ônibus. Ponho fone, e a música no volume certo pra me distrair e esquecer de tudo. Também não quero ouvir a conversa dos outros. Não quero ouvir os pneus e nem o vento. Estou cansada. Só queria fechar os olhos e conseguir dormir. Não me sinto confortável. Não me sinto em paz. Meu coração tá apertado e parece se comprimir cada vez mais. Não, eu também não estou preparada pra dividir minha dor. Nem tentar encontrar uma causa pra ela. Ninguém tem culpa, afinal. Não existe culpa. Existe apenas alguma coisa que eu desconheço e que faz meu coração bater diferente. Como se eu estivesse nervosa ou anciasse por algo. Pode ser... E isso me incomoda. Porque mesmo que eu já tenha comprado a passagem, entrado no ônibus com um destino certo, eu não sei pra onde vou. Eu não sei pra onde vou depois daqui. Eu procuro um lugar onde eu seja livre de novo. Onde eu possa deixar tudo o que eu sinto livre pra te encontrar. Sem me sentir culpada por gostar tanto assim. Sem ter que fingir que eu congelei e já não me importo. Sem ter que monitorar minha atitudes ou dosar o meu amor. Sem te afastar do que eu sinto. Eu queria que você pudesse ver tudo isso, sem se assustar. Mas eu não sei se faria diferença. Nós já decidimos. Não faz mais sentido te deixar saber o que eu sinto. Não faz sentido sentir, e eu sei. Só que por mais que eu já tenha comprado a passagem, entrado no ônibus com um destino certo, eu não consigo te deixar...

- Porto Alegre/Rio Grande, 02 de Outubro de 2010
(Trilha: Tegan & Sara - Divided>Our Trees>Come On>Freedom>Proud>More For Me)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ilusão

Vivendo um dia após um outro. Colocando um pé de cada vez, devagar... Observando os mínimos detalhes de cada pessoa, com cada ruga e cada fio de cabelo fora do lugar, a gente percebe. Ah, sim. Chega uma hora em que a gente percebe tudo. O que vale e o que não vale. O que é e o que não é. Mesmo que a gente confunda. Mesmo que não faça sentido. Se eu invento, então é real pra mim. Se é real, existe. Mesmo que não exista. Mesmo que eu fantasie. E a gente sabe bem que meu esporte favorito é criar coisas. Só pra ter um motivo pra viver. Pra ver o que a acontece depois. Mesmo que o depois nem exista também. Mesmo que nem venha a acontecer. Eu sou assim. Sofro antes, esperando por um depois que muitas vezes nem vem. E eu tô aqui, te mostrando o tempo todo o que é real pra mim. E o que eu sinto. E o que eu quero. E o que eu temo. E o que eu tenho. Isso é tudo. Tá aqui. Vive. Bate. Vibra. E confesso, não tenho certeza de muitas coisas nessa vida. Mas posso afirmar: A gente vê o que a gente quer. Só o que a gente quer. Pode fechar os olhos então, se achar melhor. Que quando você der as costas, eu vou pro outro lado.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Incoisas Inúteis

" Descobri que eu gosto mesmo é de perder tempo. Por aqui e por ali. Escrevendo um monte de coisas que não vibram nada. "

(...)

Stars

" Ainda sinto o gosto da vodka, queimando a minha garganta. Sem motivo aparente pra continuar aqui. Mas me sufoca e me arranca a voz. As palavras saem arranhadas. Resultado da noite anterior. E olha que bebi só um gole. Uma música me traz uma imagem. Um corpo, um rosto, um gosto. Sinto teu gosto, também queimando meu peito. Sem nenhum motivo para continuar aqui. Está. Me sufoca e me conforta. Me enlouquece e deixa sem voz. Então escrevo..."

(Trilha: Stars - Warpaint)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

J.C. Romance

“ Então, logo que cheguei em casa, havia um bilhete em cima da cama. Num papel de bala. Minúsculo. Três centímetros de palavras singelas que tentavam resumir uma noite inteira. Uma única noite. Simples. Noite em que mergulhei o mais fundo possível em ti. E m cada poro e cada batida do teu e do meu coração, senti tudo. Eu paralizei. Não sei se tu percebeu, mas eu tremia tanto à cada toque, que me sinto besta ao confessar. Mas foi exatamente assim. E é exatamente assim que tu me faz sentir. Tonta. Frágil. Vulnerável. Eu não me importo. O que eu quero mesmo é absorver tudo o que tu puder me dar. Porque eu não sei até quando nós vamos estar por aqui. Não sei se só por mais uma noite. Ou se apenas mais alguns dias. Talvez uma eternidade. Ficaria feliz se fosse. Eu quero ficar presa nesse momento pra sempre. Da maneira mais correta e mais incerta ao mesmo tempo. Nesse tempo que só a gente consegue contar. Porque passa diferente, e tu sabe. Tu também sente. É tudo tão mais tranquilo agora que eu confio à ti aquilo que eu sou. E o que eu posso tentar ser. Até onde eu posso ir? Não sei, mas eu te quero comigo. Quero a paz e o abrigo. A turbulência e a trágica insanidade de tudo o que a gente faz e a forma como a gente age. Sabe, as pessoas insistem em me perguntar o que a gente tem. Ora, o que a gente tem? A gente tem o que a gente sente. A gente é o que a gente sente. Isso talvez seja uma das poucas coisas que temos em comum. E pra mim, é o bastante...”

Obrigada pela noite, pelo bilhete, pelas lágrimas e os sorrisos que tomaram conta de mim.
Thank you, sunshine.

Love, Nyh V.

=)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Talvez Seja Só a Chuva.

Mais um café pra inspirar. Um pouquinho de dor pra recordar. Ou acordar. Acordou. Há de mudar porque não cabe mais toda essa tristeza desnecessária e melancolia surreal. Mais uma invenção pra se sentir bem. Ou mal. Tá tudo tão perto que se torna confuso. Uso e abuso mesmo do café, que é pra parar de pensar nessas coisas. Numa sala cheia de nada a única música que toca é o telefone. Ninguém interessante. Só mais uma porção de nomes e números que eu não consigo decorar. E lá fora chove. Aqui dentro, tu choves em mim. Atravéz dos meus olhos. Corres pelo meu rosto e molhas o teclado, que para de funcion´´´´´´´´´´

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Certeza.

Às vezes eu to andando distraída pela rua, como quando eu saio pra almoçar ou volto pro trabalho, e me vem teu cheiro. Te procuro e perco o rumo, mas eu sei: É só o cheiro mesmo. E com esse cheiro vem tudo. O toque, o corpo, o beijo. E um turbilhão de sentimentos que por mais que eu diga, não consigo ser clara ou sincera o bastante. Eu quero te ver. Quando eu te vejo eu tenho certeza de tudo. O mundo meio que desaparece e o tempo congela. Não importa. Não importa que eu me atrase. Não importa se vai doer mais tarde. Eu te quero agora. No instante em que escrevo e enquanto sinto teu cheiro. Ele sempre vem primeiro. E Demora. Também não se atrasa e nem corre. Pro cheiro não existe tempo e nem lugar pra ir. Fica aqui em mim. Dentro, fora e em tudo ao redor. Eu te espero. Toque, corpo, beijo e mais. Espero sentir de novo a vontade desesperada de ficar presa no mesmo momento durante horas inexistentes. Chata e insistente, eu te sufoco. Quando me dou por conta, me afasto. Fujo, finjo. Até já tentei te odiar. Do jeito mais ridículo e mesquinho possível. Não dá. Não há nada em ti que eu possa odiar. Não há nada em ti que eu não queira comigo. Talvez um pouquinho mais de orgulho ou medo me impedisse de confessar, mas eu quero tudo. Inteiro, completo, conjunto. Toque, corpo, beijo e mais. Todos os sentidos. Todos os arrepios. Todos os sorrisos e desvios de olhares. E as fugas. Também quero tuas fugas mudas e todas as tentativas frustradas de não se entregar. Vou continuar aqui assistindo de perto essa tua luta contigo mesma, e vou torcer contra. Porque eu quero que tu esqueças tudo o que já passou e te permitas viver o que está acontecendo, antes que passe. E eu quero, de verdade, te fazer feliz. Cada dia. Em cada toque e beijo, eu quero amor. Porque o cheiro, eu já tenho.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sick and Self-healing Acoustic Heart

Chorar não é sinônimo de tristeza. Amor não é sinônimo de dor, e dor não é sinônimo de doença. Eu não sei exatamente o porquê, mas minhas lágrimas correm. Elas sempre me encontram por volta das duas da manhã. E eu alimento esse ritual com a melancolia de acordes menores. Músicas que também parecem chorar pra mim, e comigo. De repente, não estou sozinha. E estou. Não sou um acorde. Sou uma nota só. Solta e vibrando em meio ao silêncio. Nem todo mundo tem a sensibilidade necessária para ouvir. Nem todo mundo tem vontade de ouvir. Mesmo assim eu toco. Todas as noites eu toco a mesma nota. Desafino e às vezes aumento o tom. Depois passo de menor para maior, e assim me sinto melhor. Assim soa melhor. E eu vou vibrando, vibrando, vibrando e rebento feito uma corda. Depois meu corpo acordar. Era só um sonho ruim...

domingo, 29 de agosto de 2010

Já Tá Passando...

Espera que já tá passando. Há de ser paciente. Logo mais ela vai embora. Logo mais ela volta. Deixa de revolta e não inventa, que essa dor não existe não. Põe uma música que tudo se resolve. Escreve e expressa. Deixa fluir. Liberta o coração, descansa o corpo. Deita. Deita contigo mesma. Pra que eu consiga ser a mesma, não precisa de muito esforço. Descobri que eu não posso mais fugir. Que eu faço tudo outra vez, sem pensar. E que eu penso sem fazer, porque não dá. Não dá pra fingir que não tem nada acontecendo, mas também não dá pra forçar pra que algo aconteça. Há de ter paciência. Há de saber jogar. E viver. E amar do jeito certo. Na medida certa, pra não saturar. Eis que o coração gela de novo. Existe a possibilidade de outra crise. Porque nunca se sabe a medida exata. Então se testa. Se experimenta. Tenha calma, que já tá passando. A tristeza, a crise e o café. Bem forte, sem medo e sem açúcar que é pra sentir o gosto de verdade.
(...)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Escuta...

Um pouquinho de descanso, porque eu mereço. Me falta tempo pra pensar. Vem aqui e me diz que eu não preciso mais disso. Que eu já posso ir embora e ver o céu azul. Azul? Saudades. Eu podia estar lá, deitada na areia e me alimentando de sol. Quando o céu parar de chorar e a terra secar, é pra lá que eu vou. Me deixa na minha, que eu não quero incomodar. Se eu fechar os olhos eu vejo melhor. E eu também nem tenho coragem de te encarar. Sabia que eu tremo? Meu coração dispara e você nem vê. Vem cá, fecha os olhos também pra ver se enxerga melhor. Põe a mão no meu peito e sente como ele tá quente. Ignora toda a essa gente, que não ouve e nem vê. Escuta, concentra só mais uma vez... Sente? Ele bate diferente quando você está aqui. E toca outra música. A cada dia uma nova música muito parecida com a anterior. É amor? Não sei, mas eu deixo rolar e aumento o volume.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vem Cá...

Tava aqui quietinha, esperando inspiração. Procurando inspiração. Busquei na minha playlist uma música qualquer. Uma trilha pra traduzir o que tá aqui dentro. Não achei. Ainda não...
Então te vi e pensei: Pra que música? Pra que traduzir? Deixa assim. Deixa como tá que só a gente vai ouvir.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Conselhos e Confissões.

Sempre respeitarei suas fugas. Lutas confusas, absurdas. Eu sei que você não sabe explicar e não sabe se entender. Por isso, ficarei longe até você me puxar pra perto. E estarei por perto enquanto achar que é certo. Também sei que você vai me empurrar pra longe de novo. E a gente fica nessa... Tudo bem, não tenho pressa. Porque o que é sincero não cansa e nem morre. Fique tranqüila, que eu vou te dar espaço. Se precisar do meu abraço, tem meu número e endereço. Me chama que eu apareço e te arranco outro sorriso, num dia saudável qualquer. Numa Segunda ou num Domingo. Pára e pensa: Pra que chorar se tem amor estampado na minha cara? Pra que sofrer antes do tempo se esse tempo nem existe? Não fique triste e nem me julgue por histórias passadas. Por favor, não me castigue por mentiras mal contadas e promessas furadas. Saiba que não te prometo nada, mas não vim pra pagar pecados alheios. Se não consegue me contar, esquece. Se não consegue se entregar, esquece. Se não consegue decidir, esquece. Esquece, esquece... Esquece e me aquece à cada noite enfrentada. Esquece e adormece comigo na minha eternidade inventada.
(...)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nada Não.

"Não é nada diferente de como eu previa que fosse. Nada mais me surpreende. Nada mais me prende."
(...)

Minto Muito.

É como se meu coração tivesse queimando. Me arde o peito inteiro. Parte ao meio. E os meios se partem também. Não vejo meios de fazer parar. Não tem. Não tem mais fogo e nem jogo que eu não perca de alguma forma. Não tem mais sentimentos e nem sentido em meus pensamentos. E eu sinto muito, mas não sinto nada.

Seguir...

É o que se faz quando não há mais nada a fazer. E se utimamente eu só tenho escrito frases avulsas, é porque minha mente não quer mais cantar e meu coração tende à calar. E se o coração cala, não há razão pra seguir. Complexo paradoxo sobre o que é ser. E eu to aqui, estática em um mundo onde tudo se move involuntariamente. Sem querer eu paro, penso, tento e amo de novo. E de novo, e de novo. Isso é seguir. Sem razão.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dois Segundos

Manhã sem sol, estradas tortas
Dia gelado, céu nublado
Ar-condicionado quente, humor pesado...
Café bem forte e um coração revigorado

Não fique triste, meu bem
Daqui a pouco o sol aparece
As estradas ficam planas
O dia fica quente e o céu bem azulado

Desliga o ar-condicionado
Pro humor flutuar leve
Não tem mais café, só água
e um coração quebrado

Alguns pedaços cantam
Outros contam, poucos choram
Mendigando atenção
Pra suas músicas simplórias

Mensagens não enviadas
Rimas desengonçadas
Eu sei que não sou poeta
Mas poesia nunca é errada

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Título Vem Por Último...

Hoje a mente não quer trabalhar. O coração não quer sentir. Mas sente. Sente e mente. Vamos fingir que está tudo bem. E que não dói. Vamos fingir que é só mais uma noite feliz e que tem jogo na TV. Que eu acreditei realmente que você viria. E que depois de uns goles de cerveja, tudo é alegria. Vamos agir como se meu estômago não doesse de fome e que essa fome se saciaria com um alimento qualquer. Mentira. Se a cabeça dói, não é de fome. E se o estômago corrói, é depressão. E se me deprimo, não está nada bem. Ou me alimento da dor, ou invento. Amor, dor e tudo o que tiver de ser. E não é de pura consciência, mas revelo: Não consigo ser menos sensível. Não existe meio termo no sentir. E não nasci pra amar metades. Ou é inteiro, ou não é. Se não existe, eu invento. E confesso: Todos os dias tento inventar algo sustentável. Algo maior do que eu, ou maior do que um simples motivo pra viver. E é amor. É amor o que eu invento. E é de amor que me alimento. E se não tem amor, não tem refeição. E se não tem refeição, não durmo satisfeita. Não estando satisfeita, não durmo. Não durmo, não durmo...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Segunda-feira, Quarto Andar:

Subia as escadas depressa, ofegante. Não queria que as palavras lhes fugissem da mente. Abre a porta, tira o casaco, liga a máquina e escreve. Sabe-se lá o que...
Trechos tortos de textos sem sentido e desabafos entendidos por conspiração. Por trás do sigilo e das informações confidenciais, existe apenas um objetivo: Libertar-se.
Do que? Da prisão da vida, da rotina e da responsabilidade de correr contra o tempo. Agir, fingir, sorrir e ser.
Ser o que? Ela mesma. E às vezes o que lhes pedem, sugerem, preferem ou exigem. Como máquinas eles o fazem ingênua e mecanicamente achando que é espontâneo. Acreditando que isso é de fato fazer, mover, viver. Não é. Eles se enganam todos os dias e as vinte e quatro horas dos mesmos. Para alguns, apenas oito. Oito horas diárias em troca de papel sujo, status e "respeito".
Mas eles quem? Os mesmos nomes tortos, grifados, sublinhados, expostos e sem faces. Farta, ela decide que nas horas seguintes, mais verbos, mais versos e mais vírgulas serão despejados descontroladamente. Porque esta mente descontrolada ninguém cala. Não abafa e nem mente, só fala. Enquanto isso seu coração eletro-acústico-vivo-rústico, chora. E é assim que ela observa e absorve toda a vaidade, cinismo, disputas de ego e bajulação.
Ela quem? Eu mesma.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Depois

Com os olhos ardendo e despreparados para encarar a luz, eu me sento em frente a tela e olho o relógio no cantinho. Quatorze e quatorze. Coincidência. Falsa dependência. Finjo pra mim mesma que te preciso, quando na verdade só te quero demasiado. Não sinto falta, sinto saudades e vontades.
Ouvia as vozes suaves de Angus & Julia Stone, seguidas por Goldfrapp. O playlist chamava teu nome: "July-ly-ly...". Chamava também o corpo, pra uma outra noite. E eu admito: Te prendo, sim. Sempre que posso. Sem querer te prender à mim, mas te prendendo comigo por mais um minuto, ou quem sabe um dia. Olha que os dias estão passando rápido. E o rápido agora corre mais do que costumava correr. E foge. Foge do meu alcance o tempo, as circustâncias e tu. Escorregas por entre meus dedos que escorregam pelo teu corpo e quando te solto, te prendes à mim. Assim, desse jeito simples. Eu troco qualquer argumento por um olhar, e um tocar. Sinto que se ficas, é porque não tens de ir. Ao mesmo tempo que sei e entendo porque vais. E contigo se vai mais uma noite, uma manhã e um dia. Fico aqui cantando e catando pelos cantos pedaços de ti. Sorrio por saber que teu cheiro permanece. E deixo a porta aberta pra que possas ir e vir. Porque meu modo de prender é assim, simples e livre.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Ser, Estar

" Estar só não é só estar. É sentir. Sentir-se, acima de tudo. E não é totalmente ruim nem absurdo. É válido. E neste válido proprósito que tende ao fracasso, eu me vejo num espaço sufocada por centenas de Eu Mesma. E elas são lindas e feias, certas e erradas, rebeldes e comportadas, que insistem na tentativa inútil de me completar com sua companhia muda, que mais me perturba do que ajuda."

(...)

Insônia Parte II

Então eu fecho os olhos e deixo a música me arrastar. Só penso em uma coisa: Relaxar o corpo e sonhar. São quatro horas da manhã. Não sei se sonhar ainda é possível. Flutuo. Com as ondas sonoras, com a vibração de cada nota eu me permito mergulhar num oceano que não é sonho e nem realidade. É verdade. Meu coração bate mais forte. Sorri. Um timbre doce acaricia meus ouvidos, querendo me levar pra longe. Ou perto, dependendo do ponto de vista. Mas eu preciso de outro som. Do silêncio. Do abraço e do beijo. Outra curiosidade sobre mim: Não consigo te deixar ir. E toda a vez que tu vai embora, eu me pergunto quando voltas. E o telefone toca.

(Ouvindo Au Revoir Simone)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Bilhete Virtual

" E quando o papel acaba, eu digito. Quando não tem caneta nem claridade.
Saindo da minha cidade, tudo esquenta. E as bochechas vão ficando vermelhas. Os pensamentos, vou jogando pela estrada. Não quero nada comigo, além do que sinto. Porque se eu permitir, minha mente elétrica me devora. Vou embora, sem pensar no que fica. Mas no que tem, e vem... "

(...)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

July Inspires...

Cold night, soft light
Frozen fingers, skintight
June's gone, July's came
It's like to say her name

I'm all alone, she's gone
Hope she comes back soon
Frozen night, hot light
I'm waiting for the sunshine

We say "hello", we say "good bye"
Frozen fingers, closed eyes
Holding hands, heating hearts
My body ends where her starts

From: July, 20 - written and composed by: Nyh V. (Electric Mind)

Insônia: O que fazer?

" Escrever, escrever, escrever e escrever. Sim! Pra combater a insônia, eu escrevo. Enquanto houver palavras e meus dedos não congelarem...
Rio Grande, sete graus. Não fosse a preguiça de passar o café, o frio passaria também. E com ele a vontade de buscar conforto. O quente. O calor do corpo. O teu. Não, isso não passa. Não passa nunca e eu quero de novo. O novo. A louca sensação de se entregar ao caso, num descaso de lugar qualquer. Sem planos e nem panos. Porque quando se quer de verdade, não importa se há cama ou tranca na porta. E não se trata de passado e nem lembranças. Falo sobre o que ainda vive. Aqui, comigo. Nessa noite fria de segunda, ou terça. Ou qualquer outro dia e tempo que preferir. Tanto faz, porque ontem e amanhã são insignificantes quando eu paro pra pensar que meu maior presente é te ter no presente. "

(...)

Terça Insana.

Terça-feira, terça fria. Pra mim(e pro blogspot), ainda é segunda. Informo: Voltei às atividades blogueiras, aguardo inspiração...