segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sick and Self-healing Acoustic Heart

Chorar não é sinônimo de tristeza. Amor não é sinônimo de dor, e dor não é sinônimo de doença. Eu não sei exatamente o porquê, mas minhas lágrimas correm. Elas sempre me encontram por volta das duas da manhã. E eu alimento esse ritual com a melancolia de acordes menores. Músicas que também parecem chorar pra mim, e comigo. De repente, não estou sozinha. E estou. Não sou um acorde. Sou uma nota só. Solta e vibrando em meio ao silêncio. Nem todo mundo tem a sensibilidade necessária para ouvir. Nem todo mundo tem vontade de ouvir. Mesmo assim eu toco. Todas as noites eu toco a mesma nota. Desafino e às vezes aumento o tom. Depois passo de menor para maior, e assim me sinto melhor. Assim soa melhor. E eu vou vibrando, vibrando, vibrando e rebento feito uma corda. Depois meu corpo acordar. Era só um sonho ruim...

domingo, 29 de agosto de 2010

Já Tá Passando...

Espera que já tá passando. Há de ser paciente. Logo mais ela vai embora. Logo mais ela volta. Deixa de revolta e não inventa, que essa dor não existe não. Põe uma música que tudo se resolve. Escreve e expressa. Deixa fluir. Liberta o coração, descansa o corpo. Deita. Deita contigo mesma. Pra que eu consiga ser a mesma, não precisa de muito esforço. Descobri que eu não posso mais fugir. Que eu faço tudo outra vez, sem pensar. E que eu penso sem fazer, porque não dá. Não dá pra fingir que não tem nada acontecendo, mas também não dá pra forçar pra que algo aconteça. Há de ter paciência. Há de saber jogar. E viver. E amar do jeito certo. Na medida certa, pra não saturar. Eis que o coração gela de novo. Existe a possibilidade de outra crise. Porque nunca se sabe a medida exata. Então se testa. Se experimenta. Tenha calma, que já tá passando. A tristeza, a crise e o café. Bem forte, sem medo e sem açúcar que é pra sentir o gosto de verdade.
(...)

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Escuta...

Um pouquinho de descanso, porque eu mereço. Me falta tempo pra pensar. Vem aqui e me diz que eu não preciso mais disso. Que eu já posso ir embora e ver o céu azul. Azul? Saudades. Eu podia estar lá, deitada na areia e me alimentando de sol. Quando o céu parar de chorar e a terra secar, é pra lá que eu vou. Me deixa na minha, que eu não quero incomodar. Se eu fechar os olhos eu vejo melhor. E eu também nem tenho coragem de te encarar. Sabia que eu tremo? Meu coração dispara e você nem vê. Vem cá, fecha os olhos também pra ver se enxerga melhor. Põe a mão no meu peito e sente como ele tá quente. Ignora toda a essa gente, que não ouve e nem vê. Escuta, concentra só mais uma vez... Sente? Ele bate diferente quando você está aqui. E toca outra música. A cada dia uma nova música muito parecida com a anterior. É amor? Não sei, mas eu deixo rolar e aumento o volume.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Vem Cá...

Tava aqui quietinha, esperando inspiração. Procurando inspiração. Busquei na minha playlist uma música qualquer. Uma trilha pra traduzir o que tá aqui dentro. Não achei. Ainda não...
Então te vi e pensei: Pra que música? Pra que traduzir? Deixa assim. Deixa como tá que só a gente vai ouvir.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Conselhos e Confissões.

Sempre respeitarei suas fugas. Lutas confusas, absurdas. Eu sei que você não sabe explicar e não sabe se entender. Por isso, ficarei longe até você me puxar pra perto. E estarei por perto enquanto achar que é certo. Também sei que você vai me empurrar pra longe de novo. E a gente fica nessa... Tudo bem, não tenho pressa. Porque o que é sincero não cansa e nem morre. Fique tranqüila, que eu vou te dar espaço. Se precisar do meu abraço, tem meu número e endereço. Me chama que eu apareço e te arranco outro sorriso, num dia saudável qualquer. Numa Segunda ou num Domingo. Pára e pensa: Pra que chorar se tem amor estampado na minha cara? Pra que sofrer antes do tempo se esse tempo nem existe? Não fique triste e nem me julgue por histórias passadas. Por favor, não me castigue por mentiras mal contadas e promessas furadas. Saiba que não te prometo nada, mas não vim pra pagar pecados alheios. Se não consegue me contar, esquece. Se não consegue se entregar, esquece. Se não consegue decidir, esquece. Esquece, esquece... Esquece e me aquece à cada noite enfrentada. Esquece e adormece comigo na minha eternidade inventada.
(...)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Nada Não.

"Não é nada diferente de como eu previa que fosse. Nada mais me surpreende. Nada mais me prende."
(...)

Minto Muito.

É como se meu coração tivesse queimando. Me arde o peito inteiro. Parte ao meio. E os meios se partem também. Não vejo meios de fazer parar. Não tem. Não tem mais fogo e nem jogo que eu não perca de alguma forma. Não tem mais sentimentos e nem sentido em meus pensamentos. E eu sinto muito, mas não sinto nada.

Seguir...

É o que se faz quando não há mais nada a fazer. E se utimamente eu só tenho escrito frases avulsas, é porque minha mente não quer mais cantar e meu coração tende à calar. E se o coração cala, não há razão pra seguir. Complexo paradoxo sobre o que é ser. E eu to aqui, estática em um mundo onde tudo se move involuntariamente. Sem querer eu paro, penso, tento e amo de novo. E de novo, e de novo. Isso é seguir. Sem razão.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dois Segundos

Manhã sem sol, estradas tortas
Dia gelado, céu nublado
Ar-condicionado quente, humor pesado...
Café bem forte e um coração revigorado

Não fique triste, meu bem
Daqui a pouco o sol aparece
As estradas ficam planas
O dia fica quente e o céu bem azulado

Desliga o ar-condicionado
Pro humor flutuar leve
Não tem mais café, só água
e um coração quebrado

Alguns pedaços cantam
Outros contam, poucos choram
Mendigando atenção
Pra suas músicas simplórias

Mensagens não enviadas
Rimas desengonçadas
Eu sei que não sou poeta
Mas poesia nunca é errada

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

O Título Vem Por Último...

Hoje a mente não quer trabalhar. O coração não quer sentir. Mas sente. Sente e mente. Vamos fingir que está tudo bem. E que não dói. Vamos fingir que é só mais uma noite feliz e que tem jogo na TV. Que eu acreditei realmente que você viria. E que depois de uns goles de cerveja, tudo é alegria. Vamos agir como se meu estômago não doesse de fome e que essa fome se saciaria com um alimento qualquer. Mentira. Se a cabeça dói, não é de fome. E se o estômago corrói, é depressão. E se me deprimo, não está nada bem. Ou me alimento da dor, ou invento. Amor, dor e tudo o que tiver de ser. E não é de pura consciência, mas revelo: Não consigo ser menos sensível. Não existe meio termo no sentir. E não nasci pra amar metades. Ou é inteiro, ou não é. Se não existe, eu invento. E confesso: Todos os dias tento inventar algo sustentável. Algo maior do que eu, ou maior do que um simples motivo pra viver. E é amor. É amor o que eu invento. E é de amor que me alimento. E se não tem amor, não tem refeição. E se não tem refeição, não durmo satisfeita. Não estando satisfeita, não durmo. Não durmo, não durmo...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Segunda-feira, Quarto Andar:

Subia as escadas depressa, ofegante. Não queria que as palavras lhes fugissem da mente. Abre a porta, tira o casaco, liga a máquina e escreve. Sabe-se lá o que...
Trechos tortos de textos sem sentido e desabafos entendidos por conspiração. Por trás do sigilo e das informações confidenciais, existe apenas um objetivo: Libertar-se.
Do que? Da prisão da vida, da rotina e da responsabilidade de correr contra o tempo. Agir, fingir, sorrir e ser.
Ser o que? Ela mesma. E às vezes o que lhes pedem, sugerem, preferem ou exigem. Como máquinas eles o fazem ingênua e mecanicamente achando que é espontâneo. Acreditando que isso é de fato fazer, mover, viver. Não é. Eles se enganam todos os dias e as vinte e quatro horas dos mesmos. Para alguns, apenas oito. Oito horas diárias em troca de papel sujo, status e "respeito".
Mas eles quem? Os mesmos nomes tortos, grifados, sublinhados, expostos e sem faces. Farta, ela decide que nas horas seguintes, mais verbos, mais versos e mais vírgulas serão despejados descontroladamente. Porque esta mente descontrolada ninguém cala. Não abafa e nem mente, só fala. Enquanto isso seu coração eletro-acústico-vivo-rústico, chora. E é assim que ela observa e absorve toda a vaidade, cinismo, disputas de ego e bajulação.
Ela quem? Eu mesma.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Depois

Com os olhos ardendo e despreparados para encarar a luz, eu me sento em frente a tela e olho o relógio no cantinho. Quatorze e quatorze. Coincidência. Falsa dependência. Finjo pra mim mesma que te preciso, quando na verdade só te quero demasiado. Não sinto falta, sinto saudades e vontades.
Ouvia as vozes suaves de Angus & Julia Stone, seguidas por Goldfrapp. O playlist chamava teu nome: "July-ly-ly...". Chamava também o corpo, pra uma outra noite. E eu admito: Te prendo, sim. Sempre que posso. Sem querer te prender à mim, mas te prendendo comigo por mais um minuto, ou quem sabe um dia. Olha que os dias estão passando rápido. E o rápido agora corre mais do que costumava correr. E foge. Foge do meu alcance o tempo, as circustâncias e tu. Escorregas por entre meus dedos que escorregam pelo teu corpo e quando te solto, te prendes à mim. Assim, desse jeito simples. Eu troco qualquer argumento por um olhar, e um tocar. Sinto que se ficas, é porque não tens de ir. Ao mesmo tempo que sei e entendo porque vais. E contigo se vai mais uma noite, uma manhã e um dia. Fico aqui cantando e catando pelos cantos pedaços de ti. Sorrio por saber que teu cheiro permanece. E deixo a porta aberta pra que possas ir e vir. Porque meu modo de prender é assim, simples e livre.