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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Conselho

- Eu acho melhor você dar mais ouvidos ao coração dela, do que à sua cabeça neurótica.

domingo, 5 de junho de 2011

Nós Sem Nós

Congela, congela, congela...

dedos, rosto, extremidades

Esquenta, derrete, derrete...

por dentro, amor e insanidade


Repete, repete, repete...

duas palavras nos últimos dias

Tempo, tempo, tempo lento...

não se aguenta de euforia


E corre, como corre,

por dentro da mente desmente a teoria


Desmancha tudo. Dissolve o mundo

Envolve o corpo, remove o luto


Absorve o gozo da outra pra si

Da sina se afasta... pra baixo, pra cima

Do cinza pra cores, das cores lembranças

Amores e dores, das dores distância


(...)

domingo, 1 de maio de 2011

Aqui

Bem que eu poderia, né? Largar as malas aqui mesmo e correr até tua casa. Invadir tua janela. Pular na cama... Arrancar tua roupa, te acordar, te respirar. Admirar todos os teus pedacinhos. Todos os sinais. Sim. Eu poderia mesmo fazer tudo isso! Você sabe que eu faria. Eu sou louca. Mas não. Fico aqui escrevendo. Esperando a hora de ir embora. Sem romances, sem dor. Eu me alimento apenas do teu corpo e da tua mente. E eu devoro tudo mesmo. Quero sugar tuas energias. Te cansar. Te cansar e te acariciar até você voltar com mais vontade e fazer tudo outra vez. Cada vez mais louco. Mais fundo. Mais intenso. Assim, por acaso. Sem ter programado nada. Amando cada minuto, cada dia, cada sorriso, cada olhar. Cada palavrinha dentro dos teus lábios e todas as minhas inúteis e invasivas tentativas de arrancá-las com meus beijos. Mas pra que falar, quando tem tudo isso acontecendo? Enlouquecendo. De repente, eu fico assistindo parte do meu corpo se multiplicar e se espalhar por aí, feito vírus, tentando entrar em ti. E eu quero dizer todas mesmo. Eu tô inteira. Totalmente aqui. Totalmente ai. Eu só preciso estar perto. Tua pele me convida. "Eu me pertenço, eu me permito". Que coisa mais inacreditável essa que você me faz sentir. Doença saudável. Às vezes me tira o ar. Me tira o sono. Me tira tudo! Sobretudo, me dá muito mais. Meu corpo queima todo. Queima de verdade. Fecho os olhos. Te procuro. Quase sinto, por dentro da minha roupa, tuas mãos como se fossem quatro.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Textando

E então? Quem poderia imaginar? Eu, tu, nós. Ali e aqui. Eu pude te ver de fora. E de dentro. Pra dentro. Por dentro. Da pele, dos poros, da mente, do corpo. Eu tô vivendo. Eu tô te vendo. E te vivendo. Multipliquei. Sou duas. Sou mais. Sou par e singular. Sou ímpar. E tu é nova. É outra. É ar. Feito fumaça, eu me espalhei por ai. Sujei algumas pessoas. Ceguei outras. E agora meus olhos estão ardendo. Eu te quero tanto que queima. Te quero por querer. Quero te ver voar. E quase encostar. Quero o quase. Pois me dá vontade de mais. Quero mais. Quase tudo. Quase tu. Quase eu. Quase nós. Perto. Preto e cinza. Imperfeito. Incompleto. Sem muito nem pouco. Só isso. Só. Quando eu vou chegando perto da tua boca, eu tenho uma vontade louca de fugir. Só pra te querer cada vez mais. De longe. De cima. De baixo. Por toda a parte. De todas as maneiras que eu puder. Não é só amor. Não é só tesão. Não é paixão. Não é só. Só é.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Até Logo

Aquele dia. Ele vem à minha cabeça todos os dias. Todos os dias de agora. Daqui pra frente. E não dói. Mas dá saudade. Fico apreensiva e relembro detalhes que não imaginava ter reparado. Tua mão pequena encostou na minha. Eu vi um sorriso. E a chuva caindo lá fora. Me prendeu naquele bar. Ficaria pra sempre. Hoje. Não ontem. Ontem eu fui embora. Ontem eu precisei ir. Ô vidinha ingrata e irônica sempre a me pregar peças. Mais uma delas e eu caio de vez. Ai, como eu caí. Dia de sorte. Que eu nunca percebi. Dia mais lindo de todos os dias e de todas as chuvas. Linda, caindo como eu. Sobre mim. E sobre ti. Um abraço. Um só, bem longo. Bem silencioso. E pra acordar o amor, levou tempo. E levou dor. E lavou a rua com chuva e lágrimas que eu não vi. Pensei que aquela seria a última vez. A última vista. Última visita àquela pessoa, àquele lugar. Um fim. Que nada! Foi o primeiro começo de muitos outros cheios de finais trágico-felizes. Por que é assim que a gente faz. A gente vai e volta. Pra lá e pra cá. Tipo duas grandezas inversamente proporcionais. Extremamente iguais reclamando de diferenças. E tem. Como tem. Divergências e intolerâncias. Tem vontade e tédio também. Tem equívocos, egoísmo e pseudo-libertarismo. Amor lindo. E livre. Quase intocável. Semi-intácto. Mas tocaram. Os outros. Os que viram, ouviram e invejaram. Envenenaram. Funcionou? Não sei. Mas doeu aqui. Doeu pensar na hipótese de ter que jogar fora um sentimento que demorei pra aceitar. Pra receber. Porque agora eu sou puro amor. E frustração. E caos. Mas vem tudo junto, no pacote. Não dá pra fugir. Aceita e lida. Ou deixa de lado. Eu aceito porque eu quero o amor. Eu amo o amor. Eu te respeito. Eu te espero. Mas também vou embora quando você pedir.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Outra

Mesmo querendo com todas as forças me desprender, eu ainda penso. Silenciosa e desesperadamente eu penso todos os dias em todos os momentos em que estivemos juntas. E vejo... Não é o passado que me prende. Não é nele em que me apego. É em ti e em tudo o que ainda vive. Em mim e no que sinto. Ainda respiro amor. Por mais que eu sinta uma imensa vontade de sair correndo por ai quebrando tantos corações quanto eu puder. Só pra me vingar quem sabe, ou fingir. Eu sei que é idiota. Sei que isso não faz passar. Mas é assim que eu me curo. É me enganando com outras bocas e outros corpos. Sem nome, porque o nome não me importa. Não quero mais do que uma vez. Quero desejar. Eu quero tanto que pode ser que um dia eu os deseje. Porque todo esse romantismo agora me irrita. Essas lágrimas me pedindo permissão pra ir até o lado de fora e encontrar algum abrigo. Não tem. Não tem abrigo. Não tem lugar, é inútil. Nesse mundinho fútil só há lugar pros corpos e pras mentiras. E as farsas. E as máscaras. Eu to aqui, esperando a minha vez de colocá-la. A mudança começa por fora. E é válida. Mas o amor não morre, dorme.

- Rio Grande, 07 de Outubro de 2010
(Trilha: Tegan & Sara – Heavy>Clever Meals>Welcome Home>Superstar)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Volta

Não quero ouvir o som do ônibus. Ponho fone, e a música no volume certo pra me distrair e esquecer de tudo. Também não quero ouvir a conversa dos outros. Não quero ouvir os pneus e nem o vento. Estou cansada. Só queria fechar os olhos e conseguir dormir. Não me sinto confortável. Não me sinto em paz. Meu coração tá apertado e parece se comprimir cada vez mais. Não, eu também não estou preparada pra dividir minha dor. Nem tentar encontrar uma causa pra ela. Ninguém tem culpa, afinal. Não existe culpa. Existe apenas alguma coisa que eu desconheço e que faz meu coração bater diferente. Como se eu estivesse nervosa ou anciasse por algo. Pode ser... E isso me incomoda. Porque mesmo que eu já tenha comprado a passagem, entrado no ônibus com um destino certo, eu não sei pra onde vou. Eu não sei pra onde vou depois daqui. Eu procuro um lugar onde eu seja livre de novo. Onde eu possa deixar tudo o que eu sinto livre pra te encontrar. Sem me sentir culpada por gostar tanto assim. Sem ter que fingir que eu congelei e já não me importo. Sem ter que monitorar minha atitudes ou dosar o meu amor. Sem te afastar do que eu sinto. Eu queria que você pudesse ver tudo isso, sem se assustar. Mas eu não sei se faria diferença. Nós já decidimos. Não faz mais sentido te deixar saber o que eu sinto. Não faz sentido sentir, e eu sei. Só que por mais que eu já tenha comprado a passagem, entrado no ônibus com um destino certo, eu não consigo te deixar...

- Porto Alegre/Rio Grande, 02 de Outubro de 2010
(Trilha: Tegan & Sara - Divided>Our Trees>Come On>Freedom>Proud>More For Me)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Stars

" Ainda sinto o gosto da vodka, queimando a minha garganta. Sem motivo aparente pra continuar aqui. Mas me sufoca e me arranca a voz. As palavras saem arranhadas. Resultado da noite anterior. E olha que bebi só um gole. Uma música me traz uma imagem. Um corpo, um rosto, um gosto. Sinto teu gosto, também queimando meu peito. Sem nenhum motivo para continuar aqui. Está. Me sufoca e me conforta. Me enlouquece e deixa sem voz. Então escrevo..."

(Trilha: Stars - Warpaint)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

J.C. Romance

“ Então, logo que cheguei em casa, havia um bilhete em cima da cama. Num papel de bala. Minúsculo. Três centímetros de palavras singelas que tentavam resumir uma noite inteira. Uma única noite. Simples. Noite em que mergulhei o mais fundo possível em ti. E m cada poro e cada batida do teu e do meu coração, senti tudo. Eu paralizei. Não sei se tu percebeu, mas eu tremia tanto à cada toque, que me sinto besta ao confessar. Mas foi exatamente assim. E é exatamente assim que tu me faz sentir. Tonta. Frágil. Vulnerável. Eu não me importo. O que eu quero mesmo é absorver tudo o que tu puder me dar. Porque eu não sei até quando nós vamos estar por aqui. Não sei se só por mais uma noite. Ou se apenas mais alguns dias. Talvez uma eternidade. Ficaria feliz se fosse. Eu quero ficar presa nesse momento pra sempre. Da maneira mais correta e mais incerta ao mesmo tempo. Nesse tempo que só a gente consegue contar. Porque passa diferente, e tu sabe. Tu também sente. É tudo tão mais tranquilo agora que eu confio à ti aquilo que eu sou. E o que eu posso tentar ser. Até onde eu posso ir? Não sei, mas eu te quero comigo. Quero a paz e o abrigo. A turbulência e a trágica insanidade de tudo o que a gente faz e a forma como a gente age. Sabe, as pessoas insistem em me perguntar o que a gente tem. Ora, o que a gente tem? A gente tem o que a gente sente. A gente é o que a gente sente. Isso talvez seja uma das poucas coisas que temos em comum. E pra mim, é o bastante...”

Obrigada pela noite, pelo bilhete, pelas lágrimas e os sorrisos que tomaram conta de mim.
Thank you, sunshine.

Love, Nyh V.

=)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Talvez Seja Só a Chuva.

Mais um café pra inspirar. Um pouquinho de dor pra recordar. Ou acordar. Acordou. Há de mudar porque não cabe mais toda essa tristeza desnecessária e melancolia surreal. Mais uma invenção pra se sentir bem. Ou mal. Tá tudo tão perto que se torna confuso. Uso e abuso mesmo do café, que é pra parar de pensar nessas coisas. Numa sala cheia de nada a única música que toca é o telefone. Ninguém interessante. Só mais uma porção de nomes e números que eu não consigo decorar. E lá fora chove. Aqui dentro, tu choves em mim. Atravéz dos meus olhos. Corres pelo meu rosto e molhas o teclado, que para de funcion´´´´´´´´´´

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Dois Segundos

Manhã sem sol, estradas tortas
Dia gelado, céu nublado
Ar-condicionado quente, humor pesado...
Café bem forte e um coração revigorado

Não fique triste, meu bem
Daqui a pouco o sol aparece
As estradas ficam planas
O dia fica quente e o céu bem azulado

Desliga o ar-condicionado
Pro humor flutuar leve
Não tem mais café, só água
e um coração quebrado

Alguns pedaços cantam
Outros contam, poucos choram
Mendigando atenção
Pra suas músicas simplórias

Mensagens não enviadas
Rimas desengonçadas
Eu sei que não sou poeta
Mas poesia nunca é errada

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Insônia Parte II

Então eu fecho os olhos e deixo a música me arrastar. Só penso em uma coisa: Relaxar o corpo e sonhar. São quatro horas da manhã. Não sei se sonhar ainda é possível. Flutuo. Com as ondas sonoras, com a vibração de cada nota eu me permito mergulhar num oceano que não é sonho e nem realidade. É verdade. Meu coração bate mais forte. Sorri. Um timbre doce acaricia meus ouvidos, querendo me levar pra longe. Ou perto, dependendo do ponto de vista. Mas eu preciso de outro som. Do silêncio. Do abraço e do beijo. Outra curiosidade sobre mim: Não consigo te deixar ir. E toda a vez que tu vai embora, eu me pergunto quando voltas. E o telefone toca.

(Ouvindo Au Revoir Simone)