terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tempo

Noite, frio, sopro, vento
e um sentimento guardado aqui dentro
Atento para não sair voando
Dançando e descendo a escada

Acendo um incenso e penso
que se talvez não houvesse mais nada
o jogaria pela sacada

Estrada escura, nua e cinza
A mão que segura o sentido da vida,
escreve e se atreve a percorrer
as próximas linhas vazias
De anseios, manias e rimas

Sim, eu rimo diferente
Olha pro lado e sigo em frente
Risco e rabisco palavras erradas,
contando vírgulas e frases pausadas

Noite fria, sofro ao vento
Há um sentimento vagando no tempo
E eu tento sair voando
Cantando e descendo a escada
Acendo um incenso
e não penso em mais nada
(...)