quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Certeza.

Às vezes eu to andando distraída pela rua, como quando eu saio pra almoçar ou volto pro trabalho, e me vem teu cheiro. Te procuro e perco o rumo, mas eu sei: É só o cheiro mesmo. E com esse cheiro vem tudo. O toque, o corpo, o beijo. E um turbilhão de sentimentos que por mais que eu diga, não consigo ser clara ou sincera o bastante. Eu quero te ver. Quando eu te vejo eu tenho certeza de tudo. O mundo meio que desaparece e o tempo congela. Não importa. Não importa que eu me atrase. Não importa se vai doer mais tarde. Eu te quero agora. No instante em que escrevo e enquanto sinto teu cheiro. Ele sempre vem primeiro. E Demora. Também não se atrasa e nem corre. Pro cheiro não existe tempo e nem lugar pra ir. Fica aqui em mim. Dentro, fora e em tudo ao redor. Eu te espero. Toque, corpo, beijo e mais. Espero sentir de novo a vontade desesperada de ficar presa no mesmo momento durante horas inexistentes. Chata e insistente, eu te sufoco. Quando me dou por conta, me afasto. Fujo, finjo. Até já tentei te odiar. Do jeito mais ridículo e mesquinho possível. Não dá. Não há nada em ti que eu possa odiar. Não há nada em ti que eu não queira comigo. Talvez um pouquinho mais de orgulho ou medo me impedisse de confessar, mas eu quero tudo. Inteiro, completo, conjunto. Toque, corpo, beijo e mais. Todos os sentidos. Todos os arrepios. Todos os sorrisos e desvios de olhares. E as fugas. Também quero tuas fugas mudas e todas as tentativas frustradas de não se entregar. Vou continuar aqui assistindo de perto essa tua luta contigo mesma, e vou torcer contra. Porque eu quero que tu esqueças tudo o que já passou e te permitas viver o que está acontecendo, antes que passe. E eu quero, de verdade, te fazer feliz. Cada dia. Em cada toque e beijo, eu quero amor. Porque o cheiro, eu já tenho.

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