terça-feira, 28 de setembro de 2010

Ilusão

Vivendo um dia após um outro. Colocando um pé de cada vez, devagar... Observando os mínimos detalhes de cada pessoa, com cada ruga e cada fio de cabelo fora do lugar, a gente percebe. Ah, sim. Chega uma hora em que a gente percebe tudo. O que vale e o que não vale. O que é e o que não é. Mesmo que a gente confunda. Mesmo que não faça sentido. Se eu invento, então é real pra mim. Se é real, existe. Mesmo que não exista. Mesmo que eu fantasie. E a gente sabe bem que meu esporte favorito é criar coisas. Só pra ter um motivo pra viver. Pra ver o que a acontece depois. Mesmo que o depois nem exista também. Mesmo que nem venha a acontecer. Eu sou assim. Sofro antes, esperando por um depois que muitas vezes nem vem. E eu tô aqui, te mostrando o tempo todo o que é real pra mim. E o que eu sinto. E o que eu quero. E o que eu temo. E o que eu tenho. Isso é tudo. Tá aqui. Vive. Bate. Vibra. E confesso, não tenho certeza de muitas coisas nessa vida. Mas posso afirmar: A gente vê o que a gente quer. Só o que a gente quer. Pode fechar os olhos então, se achar melhor. Que quando você der as costas, eu vou pro outro lado.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Incoisas Inúteis

" Descobri que eu gosto mesmo é de perder tempo. Por aqui e por ali. Escrevendo um monte de coisas que não vibram nada. "

(...)

Stars

" Ainda sinto o gosto da vodka, queimando a minha garganta. Sem motivo aparente pra continuar aqui. Mas me sufoca e me arranca a voz. As palavras saem arranhadas. Resultado da noite anterior. E olha que bebi só um gole. Uma música me traz uma imagem. Um corpo, um rosto, um gosto. Sinto teu gosto, também queimando meu peito. Sem nenhum motivo para continuar aqui. Está. Me sufoca e me conforta. Me enlouquece e deixa sem voz. Então escrevo..."

(Trilha: Stars - Warpaint)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

J.C. Romance

“ Então, logo que cheguei em casa, havia um bilhete em cima da cama. Num papel de bala. Minúsculo. Três centímetros de palavras singelas que tentavam resumir uma noite inteira. Uma única noite. Simples. Noite em que mergulhei o mais fundo possível em ti. E m cada poro e cada batida do teu e do meu coração, senti tudo. Eu paralizei. Não sei se tu percebeu, mas eu tremia tanto à cada toque, que me sinto besta ao confessar. Mas foi exatamente assim. E é exatamente assim que tu me faz sentir. Tonta. Frágil. Vulnerável. Eu não me importo. O que eu quero mesmo é absorver tudo o que tu puder me dar. Porque eu não sei até quando nós vamos estar por aqui. Não sei se só por mais uma noite. Ou se apenas mais alguns dias. Talvez uma eternidade. Ficaria feliz se fosse. Eu quero ficar presa nesse momento pra sempre. Da maneira mais correta e mais incerta ao mesmo tempo. Nesse tempo que só a gente consegue contar. Porque passa diferente, e tu sabe. Tu também sente. É tudo tão mais tranquilo agora que eu confio à ti aquilo que eu sou. E o que eu posso tentar ser. Até onde eu posso ir? Não sei, mas eu te quero comigo. Quero a paz e o abrigo. A turbulência e a trágica insanidade de tudo o que a gente faz e a forma como a gente age. Sabe, as pessoas insistem em me perguntar o que a gente tem. Ora, o que a gente tem? A gente tem o que a gente sente. A gente é o que a gente sente. Isso talvez seja uma das poucas coisas que temos em comum. E pra mim, é o bastante...”

Obrigada pela noite, pelo bilhete, pelas lágrimas e os sorrisos que tomaram conta de mim.
Thank you, sunshine.

Love, Nyh V.

=)

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Talvez Seja Só a Chuva.

Mais um café pra inspirar. Um pouquinho de dor pra recordar. Ou acordar. Acordou. Há de mudar porque não cabe mais toda essa tristeza desnecessária e melancolia surreal. Mais uma invenção pra se sentir bem. Ou mal. Tá tudo tão perto que se torna confuso. Uso e abuso mesmo do café, que é pra parar de pensar nessas coisas. Numa sala cheia de nada a única música que toca é o telefone. Ninguém interessante. Só mais uma porção de nomes e números que eu não consigo decorar. E lá fora chove. Aqui dentro, tu choves em mim. Atravéz dos meus olhos. Corres pelo meu rosto e molhas o teclado, que para de funcion´´´´´´´´´´

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Certeza.

Às vezes eu to andando distraída pela rua, como quando eu saio pra almoçar ou volto pro trabalho, e me vem teu cheiro. Te procuro e perco o rumo, mas eu sei: É só o cheiro mesmo. E com esse cheiro vem tudo. O toque, o corpo, o beijo. E um turbilhão de sentimentos que por mais que eu diga, não consigo ser clara ou sincera o bastante. Eu quero te ver. Quando eu te vejo eu tenho certeza de tudo. O mundo meio que desaparece e o tempo congela. Não importa. Não importa que eu me atrase. Não importa se vai doer mais tarde. Eu te quero agora. No instante em que escrevo e enquanto sinto teu cheiro. Ele sempre vem primeiro. E Demora. Também não se atrasa e nem corre. Pro cheiro não existe tempo e nem lugar pra ir. Fica aqui em mim. Dentro, fora e em tudo ao redor. Eu te espero. Toque, corpo, beijo e mais. Espero sentir de novo a vontade desesperada de ficar presa no mesmo momento durante horas inexistentes. Chata e insistente, eu te sufoco. Quando me dou por conta, me afasto. Fujo, finjo. Até já tentei te odiar. Do jeito mais ridículo e mesquinho possível. Não dá. Não há nada em ti que eu possa odiar. Não há nada em ti que eu não queira comigo. Talvez um pouquinho mais de orgulho ou medo me impedisse de confessar, mas eu quero tudo. Inteiro, completo, conjunto. Toque, corpo, beijo e mais. Todos os sentidos. Todos os arrepios. Todos os sorrisos e desvios de olhares. E as fugas. Também quero tuas fugas mudas e todas as tentativas frustradas de não se entregar. Vou continuar aqui assistindo de perto essa tua luta contigo mesma, e vou torcer contra. Porque eu quero que tu esqueças tudo o que já passou e te permitas viver o que está acontecendo, antes que passe. E eu quero, de verdade, te fazer feliz. Cada dia. Em cada toque e beijo, eu quero amor. Porque o cheiro, eu já tenho.