sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Até Logo

Aquele dia. Ele vem à minha cabeça todos os dias. Todos os dias de agora. Daqui pra frente. E não dói. Mas dá saudade. Fico apreensiva e relembro detalhes que não imaginava ter reparado. Tua mão pequena encostou na minha. Eu vi um sorriso. E a chuva caindo lá fora. Me prendeu naquele bar. Ficaria pra sempre. Hoje. Não ontem. Ontem eu fui embora. Ontem eu precisei ir. Ô vidinha ingrata e irônica sempre a me pregar peças. Mais uma delas e eu caio de vez. Ai, como eu caí. Dia de sorte. Que eu nunca percebi. Dia mais lindo de todos os dias e de todas as chuvas. Linda, caindo como eu. Sobre mim. E sobre ti. Um abraço. Um só, bem longo. Bem silencioso. E pra acordar o amor, levou tempo. E levou dor. E lavou a rua com chuva e lágrimas que eu não vi. Pensei que aquela seria a última vez. A última vista. Última visita àquela pessoa, àquele lugar. Um fim. Que nada! Foi o primeiro começo de muitos outros cheios de finais trágico-felizes. Por que é assim que a gente faz. A gente vai e volta. Pra lá e pra cá. Tipo duas grandezas inversamente proporcionais. Extremamente iguais reclamando de diferenças. E tem. Como tem. Divergências e intolerâncias. Tem vontade e tédio também. Tem equívocos, egoísmo e pseudo-libertarismo. Amor lindo. E livre. Quase intocável. Semi-intácto. Mas tocaram. Os outros. Os que viram, ouviram e invejaram. Envenenaram. Funcionou? Não sei. Mas doeu aqui. Doeu pensar na hipótese de ter que jogar fora um sentimento que demorei pra aceitar. Pra receber. Porque agora eu sou puro amor. E frustração. E caos. Mas vem tudo junto, no pacote. Não dá pra fugir. Aceita e lida. Ou deixa de lado. Eu aceito porque eu quero o amor. Eu amo o amor. Eu te respeito. Eu te espero. Mas também vou embora quando você pedir.

Nenhum comentário:

Postar um comentário